Saúde e Dieta

Alergia a ovo: saiba as causas, sintomas e como tratar

ovo é conhecido por sua excelente fonte de proteínas, além de atuar no fornecimento de outros nutrientes importantes à saúde ao nosso organismo, tais como vitaminas A, do complexo B, D, E, K, além de sais minerais como cobre, ferro, zinco e selênio.

E, além de ser extremamente nutritivo em nossa alimentação, ele também é prático e versátil, podendo ser um grande quebra-galho no preparo de refeições rápidas e, ainda, com a possibilidade de ser consumido das mais diferentes maneiras, seja frito, cozido, mexido, em pópoché, gemada, omelete e até como ingredientes principais de inúmeras receitas doces e salgadas, como tortas e bolos.

No entanto, nem todas as pessoas podem aproveitar os benefícios desse poderoso alimento na sua alimentação, por sofrerem da chamada alergia a ovo. Já ouviu falar em alguém que tenha alergia a ovo? Pode parecer estranho, mas esse é um tipo de alergia bastante comum – e, provavelmente, até você pode ter chegado a esse artigo pelo mesmo motivo.

A alergia a ovo é mais comum em crianças. Segundo o Colégio Americano de Asma e Imunologia (ACAAI, em inglês), a doença normalmente é desenvolvida pelo fato de o organismo ficar sensível e apresentar uma reação exagerada às proteínas existentes nas gemas e claras dos ovos.



Neste caso, é válido lembrar que essa reação pode acontecer tanto com ovos de galinha quanto em relação a ovos de outros animais, como pato, ganso, codorna e peru, por exemplo.

Na prática, quando o ovo é consumido, o organismo da pessoa alérgica entende a alta carga de proteínas existentes em sua composição como “invasoras estranhas”, enviando substâncias químicas para defendê-lo. E são elas as responsáveis por todos os sintomas da reação alérgica, que você vai conhecer mais detalhadamente nos próximos parágrafos!

Veja também: Ovo faz mal à saúde? Saiba aqui o que diz a ciência!



Quais são os sintomas?

Em geral, pessoas alérgicas a ovo costumam sentir os sintomas que vamos listar a seguir, seja apenas por tocar no alimento ou após um curto período de tempo depois de consumi-lo em alguma refeição.

Caso você sinta quaisquer desses sinais ao tocar em um ovo ou ingeri-lo, especialmente anafilaxia, procure um médico imediatamente, uma vez que essa condição pode colocar a sua vida em risco.

Além disso, mesmo que sinta apenas os sintomas mais leves, não deixe de procurar ajuda médica o mais breve possível, uma vez que a gravidade das reações da alergia a ovo podem variar a cada crise. Isto é, por mais que a última reação tenha sido leve, não desconsidere a possibilidade de a próxima poderá ser mais pesada.

  • Sibilo (chiado no peito);
  • Reações na pele, como inchaço, inflamação, erupção cutânea, eczema e urticária;
  • Dificuldade para respirar;
  • Espirro;
  • Nariz escorrendo;
  • Congestão nasal;
  • Aperto no peito;
  • Tosse;
  • Dificuldade para respirar;
  • Olhos lacrimejantes;
  • Vermelhidão nos olhos;
  • Dor de estômago;
  • Vômito
  • Diarreia;
  • Náusea;
  • Cólicas;
  • Anafilaxia (somente em casos mais graves), que nada mais é que uma reação do orgaismo aguda e grave, inclusive podendo ser fatal, que atrapalha a respiração e aumenta o risco de o corpo entrar em choque com uma queda brutal na pressão arterial. Alguns dos sintomas podem incluem tontura, vertigem e até perda da consciência. Há também sinais como constrição das vias respiratórias, inclusive caroço na garganta e inchaço, dificultando a respiração, além de pulso acelerado e cólica abdominal.

Causas

De modo geral, a alergia a ovo se manifesta em crianças predispostas geneticamente a esse quadro clínico. Ou seja, a reação alérgica ao alimento é herdada dos pais ou familiares de primeiro grau (como irmãos, por exemplo), independente de serem diretamente alérgicos a ovo. Qualquer tipo de alergia vale para que a criança também desenvolva a alergia a ovo.

Veja também: Pode dar ovo para animais? Tire aqui as suas dúvidas!

Como tratar alergia a ovo?

Após receber o diagnóstico de um médico, a melhor forma de controlar a alergia a ovo é evitando ingerir o alimento. Inclusive, mesmo para quem for alérgico à apenas uma das duas partes do ovo (ou seja, à clara ou à gema), não é indicado separá-las na hora de comer, sem correr riscos. Por isso, em todo o caso, o ideal é não consumir o ovo por completo.

Medicamentos

Muitas pessoas não sabem, mas além de evitar ingerir ovos, quem tem alergia ao alimento também pode tomar alguns medicamentos para controlar a condição, caso o médico ache necessário. São os chamados remédios anti-histamínicos, mais indicados para casos mais leves, e que ajudam a reduzir os sintomas após a exposição ao alimento.



No entanto, esses medicamentos não são recomendados para quadros mais graves da alergia a ovo e nem para preveni-la. Além disso, após o diagnóstico, o profissional de saúde também pode receitar ao paciente um injetor emergencial de epinefrina (que nada mais é que adrenalina auto-injetável), para que ele possa carregá-lo sempre que sentir que vai ter uma crise alérgica, inclusive com sintomas mais graves, como a anafilaxia. O injetor mais conhecido é a EpiPen.

O alergista deverá ensinar ao paciente alérgico como injetá-lo passo a passo, caso os sinais comecem a aparecer. É claro que o uso do injetor emergencial de epinefrina não substitui a consulta imediata a um médico caso os sintomas apareçam, ok?

Alergia a ovo tem cura?

As chances de cura chegam a mais de 75% em crianças com alergia a ovo. Isto é, uma boa probabilidade! Isso porque, quando atingem a idade de 2 anos, cerca de 20% dos alérgicos já começam a tolerar a ingestão do alimento.

Aos 3 anos de vida, essa porcentagem sobre para 30 a 35% e, aos 5 anos de idade, quase metade das crianças alérgicas já não apresentam mais a condição. E, melhor que isso, apesar de a evolução da cura ficar mais lenta depois, é por volta dos 9 anos de idade que 75% dos alérgicos estão curados para sempre da alergia a ovo.

O que evitar?

Produtos à base de ovo

Em termos gerais, o ideal é evitar o consumo de ovo, como falamos anteriormente. No entanto, também é preciso um cuidado redobrado com produtos que podem conter esse alimento dentre os seus ingredientes, mesmo que de forma “disfarçada”, tais como molhos de saladas, sopas enlatadas, pratos com carne, como almôndega, sorvetes e bolos de carne.

Além disso, apesar de pessoas alérgicas, algumas vezes, conseguirem tolerar pães e outros produtos que possuam ovos em sua composição, e que tenham sido aquecidos em temperatura alta por bastante tempo, o ACAAI não recomenda que alimentos desse tipo sejam consumidos pelos pacientes, uma vez que não é possível prever quando alérgicos a ovo irão tolerá-los ou não.

Para evitar dores de cabeça, veja uma lista do que procurar nos rótulos dos alimentos para evitar comê-los e passar mal: ovo em pó desidratadolisozimaalbuminalecitina de ovoflavo- proteínaapovitelinaglobulinaovoalbuminalivetinaovoglobulinaovomucinaovoglicoproteínaovomucóideovoviteliaovotransferrinaovovitelina, entre outros.

Ainda, a instituição também orienta para que quem sofre com a alergia a ovo tenha acompanhamento de um alergista e, também, de um nutricionista, para que este profissional possa ajudar no planejamento das refeições do dia a dia, mostrando quais alimentos evitar e quais adicionar ao cardápio para suprir as necessidades do organismo de proteínas, já que você não pode incluir o ovo na sua alimentação.

Cuidado com algumas vacinas

Outro ponto importante a ser cuidado por quem sofre de alergia a ovo é que algumas vacinas para gripe contêm proteína do ovo em sua formulação, mesmo que em pequenas quantidades, como é o caso da vacina contra o vírus Influenza.

Por isso, o ideal é que alérgicos a ovo recebam vacinas para gripe em versão de spray nasal. Por outro lado, também é possível receber a vacina para gripe a partir de injeção, desde que a vacinação seja feita em um consultório médico equipado adequadamente para conter possíveis efeitos colaterais, como é o caso, principalmente, da anafilaxia.

A vacina contra a febre amarela também possui proteína do ovo e, portanto, é contraindicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para pacientes com alergia a ovo. Neste caso, a dica é conversar com o seu médico sobre métodos alternativos para prevenir a doença, caso precise tomar a vacina.

E aí? Gostou de saber tudo sobre a alergia a ovo? Conhece alguém que sofra com esta condição e precise dessas informações? Então, compartilhe esse artigo nas suas redes sociais.

Até a próxima!

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